adsenc

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O que é UNISOL

Quem são?

A UNISOL Brasil (Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários) é uma associação civil com fins não econômicos, de âmbito nacional, de natureza democrática, cujos fundamentos são o compromisso com a defesa dos reais interesses da classe trabalhadora, a melhoria das condições de vida e de trabalho das pessoas, a eficiência econômica e o engajamento no processo de transformação da sociedade brasileira com base nos valores da democracia e da justiça social.

Quem representam?

Empreendimentos autogestionários que tem como base de atuação os princípios da Economia Solidária e que são filiados a UNISOL Brasil. A entidade, que está representada nos 27 estados nacionais, contempla atualmente um total de 10 setoriais, são eles: metalurgia/polímeros, alimentação, construção civil/habitação, confecção e têxtil, cooperativas sociais, reciclagem, artesanato, agricultura familiar, apicultura e fruticultura.
As filiadas à UNISOL Brasil possuem o compromisso de adotar os princípios da autogestão democrática, assegurando eficiência e viabilidade econômica, garantindo-se a plena participação de todos os membros das filiadas, pluralidade de idéias e transparência financeira e administrativa. São considerados empreendimentos solidários os que reúnem os seguintes elementos:
1 Reunião de trabalhadores ou populações carentes em busca da geração de trabalho e renda, com dignidade;
2Organização por meio de iniciativas coletivas, cuja estrutura jurídica se dá, prioritariamente, por meio de cooperativas ou associações, sendo admitidas, extraordinariamente, outras modalidades de pessoas jurídicas, desde que atendam aos princípios da autogestão e estejam inseridas em um processo de desenvolvimento sustentável e solidário, bem como observem, rigorosamente, os termos do Estatuto Social e justifiquem a escolha;
3Realização de reuniões ou assembléias, periódicas e freqüentes, ao menos uma a cada 60 dias, nas quais deverão ser apresentados, dentre outros assuntos, a prestação de contas da entidade, contando-se com a participação obrigatória dos seus associados a fim de assegurar, efetivamente, a real participação de todos nos destinos do empreendimento;
4Distribuição eqüitativa dos ganhos do empreendimento, impondo-se limites razoáveis e justificáveis às diferenças entre os menores e maiores rendimentos de cada qual dos seus integrantes;
5Visão de longo prazo para o empreendimento, de tal maneira a gerar iniciativas viáveis, econômica e socialmente, não apenas para as atuais, mas também para as futuras gerações;
6Preocupação permanente com o meio ambiente em geral e com a melhoria contínua das condições de trabalho;
7Investimento permanente em educação e formação de seus integrantes e, quando possível, dos familiares destes;
8Envolvimento dos familiares e da comunidade próxima com o empreendimento, de forma a gerar também a transformação cultural, econômica e social da realidade regional;
9Apoio vigoroso a outras iniciativas que venham a necessitar de auxílio, de maneira a consolidar, na prática, uma rede de solidariedade entre os empreendimentos.

Missão e objetivos
A missão da UNISOL Brasil é organizar, representar e articular, de forma ampla e transparente, as cooperativas, associações e outros empreendimentos autogestionários da economia solidária, resgatando e promovendo a intercooperação, a igualdade social e econômica, a dignidade humana e o desenvolvimento sustentável.
Com base em laços de solidariedade e cooperação, a UNISOL Brasil tem por objetivo reunir as entidades, empresas coletivas constituídas por trabalhadores e quaisquer outras modalidades de pessoas jurídicas, que atendam às finalidades de seu estatuto, a fim de promover efetivamente a melhoria sócio-econômica de seus integrantes, garantido trabalho e renda com dignidade.
A UNISOL, assim como suas filiadas, possuem o compromisso de observar às seguintes finalidades:
1Desenvolvimento sustentável e solidário dos empreendimentos e da região onde estiver estabelecido;
2Atuação voltada às áreas econômica, educacional e ambiental;
3Melhoria da qualidade de vida das populações de trabalhadores envolvidos nos diversos empreendimentos e atividades afins;
4Incentivo e apoio à organização de trabalhadores e de populações carentes, desempregados ou grupos em risco de desemprego;
5Eficiência econômica e excelência na elaboração e comercialização dos produtos e serviços, como mecanismo fundamental para assegurar a perenidade e o progresso dos empreendimentos;
6Respeitar as normas de medicina e segurança do trabalho, buscando a melhoria contínua das condições de trabalho

fonte:aki

Protagonismo das mulheres na economia solidária marcam encontro internacional em Porto Alegre


O protagonismo das mulheres da economia solidária e sua atuação junto ao cooperativismo e as cadeias solidárias são temas abordados no 3° Encontro da América Latina e Caribe das Mulheres da Economia Solidária, que acontece no Ritter Hotel, em Porto Alegre. A abertura oficial do evento, na tarde desta quinta-feira (12), foi realizada pela diretora do Departamento de Incentivo e Fomento à Economia Solidária, Nelsa Nespolo, que representou o titular da Secretaria da Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sesampe), Maurício Dziedricki.

O encontro é promovido pela Sesampe com a parceria das secretarias de Desenvolvimento Rural Pesca e Cooperativismo e de Política para as Mulheres. Cerca de 600 pessoas participam do evento, com um público formado por mulheres da Argentina, Cuba e Uruguai e por representantes de 42 municípios gaúchos, todos envolvidos com a economia solidária.

A diretora da Sesampe ressaltou que a economia solidária no RS tem um perfil feminino. "Em todos os segmentos encontramos mulheres a frente do processo produtivo, da gestão e da representação. Mas muito ainda precisa ser debatido, avançado e conquistado, principalmente provocar nas mulheres o debate franco e aberto, pelo qual vai melhorar suas condições de trabalho, de militância, de cuidadora de sua família e comunidade", disse Nelsa.

O secretário de Desenvolvimento Rural Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan, destacou a ousadia e a coragem das mulheres da economia solidária de estarem propondo à sociedade um novo conceito de desenvolvimento construído a partir da cooperação e da solidariedade. A secretária de Políticas para as Mulheres, Ariane Leitão, disse que o novo modelo proposto pela economia solidária é fundamental para as ações efetivas das mulheres na inclusão no mundo do trabalho.

Após a abertura, a adjunta do Ministério de Políticas para as Mulheres, Neusa Tito, abordou o tema das políticas públicas e da autonomia econômica das mulheres. Ainda no mesmo painel, a integrante do Ministério da Cultura e do Instituto Cubano da Música, Ada Lianes Marrero, falou sobre o protagonismo e as conquistas da mulher na economia solidária.

Também integraram a mesa de abertura do encontro: a representante do Fórum Gaúcho de Economia Solidária, Sueli Angelita da Silva; a secretária executiva da Fundação Luterana de Diaconia, Cibele Kuss; o presidente da Federação de Metalúrgicos do RS, Jairo Carneiro; a integrante da Comissão de Gênero da Federação das Cooperativas de Produção do Uruguai, Nancy Gonçalves; a representante da Guay, Helena Bonumá; a membro da Unisol RS, Miriam Possebom; a integrante do Comissão de Constituição de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, Silvia Severo, e a representante do Conselho Estadual de Economia Solidária, Vera Bortolini.

Para o segundo dia do encontro, nesta sexta-feira (13), pela manhã, estão programadas as apresentações dos painéis: Cooperativismo e a atuação da mulher; Mulheres na construção das cadeias solidárias; e Enfrentamento pela inclusão produtiva.

À tarde, serão formados grupos de trabalho da pesca, lã, frutas nativas, reciclagem PET, artesanato, agricultura familiar, alimentação e confecções. Cada grupo vai avaliar a situação dos respectivos segmentos, quais os avanços conquistados e os desafios das redes e cadeias produtivas. Ao final do encontro, será formatada um moção de apoio às cadeias solidárias, referente à organização, às leis, ao fomento e aos recursos, que será entregue as autoridades de governo do Brasil e dos países do Mercosul.

Texto: Imprensa Sesampe
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305